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Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

24
Abr17

E as corridas já se notam na balança

No final do mês de Fevereiro, pesei-me. E fiquei “assustada”. Nunca tinha tido tanto peso. E mentalizei-me que tinha mesmo que fazer alguma coisa para emagrecer.

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Vai daí, comecei a fazer caminhadas. E depois, decidi tentar correr. E gostei. E comecei a fazer disso um hábito. Agora corro, normalmente três vezes por semana, bem cedinho quando estão todos a dormir, para não me desculpar com as dinâmicas familiares.

E depois (inspirada em algumas experiências que li) tive a ideia de começar a criar mini desafios pessoais. E esta coisa, de ter objectivos que defini para mim e só a mim me diziam respeito (sem a pressão de nada nem de ninguém), resultou.

1º Desafio - 15 dias

  • Ficar duas semanas sem comer “porcarias” (pizzas, batatas fritas, bolos, bolachas e refrigerantes) - 93% concluído
  • Fazer a mini maratona de Lisboa no dia 19 de Março - corri os 7km em 1h01 (sempre a correr) - 100% concluído

2º Desafio - 22 dias

  • Ficar três semanas sem comer “porcarias” (pizzas, batatas fritas, bolos, bolachas e refrigerantes) - 100% concluído
  • Correr 5km em 35 minutos - 100% (corri 5 km em 33 minutos)
  • Dia 09 de Abril conseguir correr 8,3 km (Corrida Rádio Comercial) - 100% concluído

3º Desafio - 7 dias

(Obs.. Este foi mais restrito, logo mais difícil)

  • Ficar 1 semana sem comer “porcarias” (pizzas, batatas fritas, bolos, bolachas e refrigerantes, salgados) - 2 dias que não cumpri 71% concluído
  • Ficar 1 semana sem comer hidratos de carbono a partir das 17h - 2 dias que não cumpri 71% concluído
  • Fazer um corrida no mínimo de 8,5 km  - no 2º dia do desafio corri 9,2 km - 100% concluído

 

E quantos kilos perdi já perdi: 3kg.

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 "Ainda" não estou assim tão elegante

Para mim, tem funcionado. Porque me conheço. Sei o que quero e o que consigo. E não me tornei uma radical adversa a tudo e mais alguma coisa. Simplesmente optei por uma forma diferente de estar na vida, que me faz sentir melhor comigo própria. Sou eu que defino os meus objectivos - o quê, quando e como.  

 

21
Abr17

Humanidade [Escrevendo sobre a palavra]

hu·ma·ni·da·de

(latim humanitas, -atis)

substantivo feminino

  1. O conjunto dos homens.
  2. Natureza humana.
  3. .Gênero humano.
  4. Bondade.
  5. Benevolência, compaixão.

"humanidade", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/humanidade 

 

Ao ler este artigo, reflecti sobre algo que me tem sempre afligido: a falta da humanidade na humanidade. Confuso? Eu explico.

[Mas preparem-se porque a reflexão vai ser longa e vai bater em muitas coisas]

Não tive a minha filha neste hospital, mas em outro (igualmente público). E apesar de não ser totalmente igualmente ao que aqui está descrito, e apesar de ter corrido tudo muito bem, e ter encontrado bons médicos e enfermeiros (no geral, vá), não são dias (5, para ser mais precisa) que recorde com alegria. Para já, assume-se que se és mãe (mesmo que seja à dois minutos) tens que saber tudo. Depois, o espaço é pequeno e partilhado por várias (éramos três). Depois, o pai só pode estar contigo das 12h as 20h (como é que vais tomar o pequeno almoço, tomar banho, casa de banho, etc… e deixas a tua filha ali sozinha???). Depois a médica observa-te TODOS os dias e NÃO TROCA UMA ÚNICA PALAVRA CONTIGO. Depois, HÁ SEMPRE bebés a chorar (seja o teu, seja o do lado, seja o do quarto lá no fundo do corredor) e tu não consegues dormir (tive 5 dias naquele hospital, 4 noites sem dormir, repito 4h de privação de sono).

A saga continuou depois de sairmos de lá: no centro de saúde. Todas as vezes que fui às vacinas, senti-me “mais uma que vem para aqui chatear”. A minha filha ficou com uma médica de família, à qual ainda fomos a algumas consultas (mantendo no entanto sempre consultas com o pediatra). Mas cada vez que lá ia, a médica era mal disposta, falava comigo como se eu fosse burra e tivesse a obrigação de fazer/saber tudo o que ela lá entendia.

Posto isto tudo, evito o máximo que posso consultas ou outras coisas do género no sector público. “Armada em rica”, há quem o considere. Ou “armada em esquisita”, porque tecnicamente falando não tenho nada de negativo a referir em qualquer uma das situações que vivi. Mas a falta de humanidade esteve sempre presente. E é isto que me tira do sério. Porque as pessoas exigem tudo e mais alguma coisa. A ciência evolui, a informação evolui, tudo evolui, menos os homens. As pessoas exigem bons carros, bons telemóveis, boas instalações, bons médicos, bons professores, boas casas, boas roupas. Tudo giro, agradável e competente (não, para sermos sinceros, não, o que querem é o melhor "especialista da praça", lá que seja competente isso é outra história).

Não tenho nada a ver com as opções de cada um. Repito, não tenho nada a ver com as opções de cada um. Mas choca-me que as pessoas não exijam mais para elas próprias. [Revolta-me acima de tudo, aqueles que julgam que o dinheiro é tudo. “Não és rica, não tens dinheiro para exigir, pois não? Então come e cala”.]

Esta falta da humanidade vê-se em muitas mais outras coisas. Na falta de capacidade de se colocar no lugar do outro. Na falta de respeito pelo outro, que na maior parte das vezes nem é entendida como tal, é mais do género “então, é a minha opinião”, ou “eu digo/faço o que eu quero”, ou “que mal tem????”. O egoísmo sobrepõe-se a tudo.

Eu não sou rica. Não tenho efectivamente dinheiro para exigir tudo aquilo que gostaria. Mas sou muito exigente com aquilo que quero para mim e para os meus. E esta falta de humanidade, seja dirigida a mim, seja dirigida aqueles que me são mais próximos, é das coisas que me faz mais moer a alminha.

A humanidade evolui. Mas a humanidade das pessoas está em vias de extinção. E o que é mais grave ainda, quanto a mim, é que a maior parte das pessoas, nem vê isso.

20
Abr17

Também tenho que falar disto

Custa-me falar deste assunto, porque a dor que aqueles pais estão a sentir será demasiada, para ser enxovalhada como tem sido.

Depressa vieram as ofensas, as acusações. “Os cavaleiros da verdade”, cheios das suas sabedorias.

Sei, que seja porque motivo for, qualquer pai que decide não vacinar os filhos, o faz por achar que é a melhor opção para os seus filhos. Não concordo. E não vou dizer que aceito, porque também não é verdade.

As opções que cada um toma relativamente aos seus filhos, só a eles diz respeito, é certo. Mas no que diz respeito a este assunto, não diz respeito só a eles. Porque estão inseridos numa comunidade, e isto é o tipo de coisas que também afecta os outros. E de que maneira.

Há quem opte pela não vacinação, porque escolhem (segundo os próprios) uma alternativa de vida mais saudável, pura e limpa. Mas também há aqueles que, por uma reacção adversa de uma vacina, ficam com medo de outras reacções e não vacinam mais. Má informação. É a base disto. Correntes alternativas a divulgarem ideias falsas e perigosas. Pessoas aflitas, sem acesso a informação de qualidade, que as faz tomar decisões deste género.

É impressionante, como nos dias que correm, com a informação toda que há, se façam coisas deste género. Mas lá está, o perigo também está no excesso de informação. Porque hoje em dia, toda a gente sabe tudo. Toda a gente vai ao google e tem acesso a tudo. E depois, decidem por eles próprios. Não é esse o fim do desenvolvimento da informação, mas é o perigo que está lado a lado com ela.

A ciência tem evoluído muito. E com certeza vai evoluir mais. Doenças do passado que matavam, estão erradicadas dos dias de hoje. E porquê? Porque, graças à ciência, tomamos vacinas, tomamos antibióticos. Temos produtos mais processados? Temos. Mas se aí, faz sentido escolhermos e optarmos por aquilo que é mais favorável ao nosso organismo, há outras coisas com as quais as decisões não podem ser assim tão ligeiras. Pior ainda quando são coisas que não nos afectam só a nós, mas também os outros. Lá está, a nossa liberdade termina, quando começa o espaço do outro.

Posto isto, defendo a vacinação. E defendo, que nenhuma criança que não esteja vacinada, possa se inscrever numa creche, colégio, escola pública, jardim de infância, etc. Há coisas que têm que ser obrigatórias. Tudo o que diz respeito à vida, tem que ser obrigatório. E esta obrigatoriedade, vai fazer com que aqueles pais que optam pela não vacinação, tenham acesso a informação factual e de qualidade.

18
Abr17

Coisas da miúda #41

Íamos as duas passear. Estávamos prontas para sair.

Miúda: “Estás tão bonita, mamã. Podias por batom

Eh pá, até me maquilhei toda.

E lá fomos as duas bater perna no shopping.

 

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