A prenda que eu queria sempre
Todos os anos no Natal, a minha mãe oferecia-me “A minha agenda de ”. E eu ficava tão, mas tão contente, que vocês nem imaginam.
Ao início, grande entusiasmo, e procurava detalhar lá os meus dias. Depois claro está, o entusiasmo desaparecia. Mas lembro-me que aquilo era giro, porque também tinha adivinhas, provérbios, e pequenas actividades (tudo associado a cada mês ou época).
Com o passar dos anos, perdi o interesse. Quando comecei a trabalhar, percebi que as agendas de papel, para a minha actividade sempre tão atribulada não davam. E comecei a usar as agendas electrónicas - telemóveis, pc’s, tablets e afins.
No ano passado, iniciei um novo trabalho (do género sentada, e com horário e tudo). Então, retomei o meu velho hábito. Onde comecei a escrever as minhas notas, as coisas que faço, que tenho que fazer, associadas a cada dia.
Ontem, antes de vir para o trabalho, percebi que ainda não tinha a minha agenda. E lá passei eu por uma dessas grandes superfícies que tem tudo, e ainda consegui comprar antes de vir. O bem que me sabe mexer nestas folhas, “escrevinhar” já algumas coisas…. Faz-me lembrar o gosto que tinha pelos livros escolares novos, pelos cadernos novos.
Não uso a agenda para marcar compromissos. Para isso, continuo a preferir o formato electrónico, que é mais eficaz (por causa dos alertas, indicação de local, etc,etc.)
Mas é nesta minha agenda que gosto de escrever o que vou fazendo ao longo do dia. Que anoto as contas que tenho para pagar (esta parte é assim mais chatinha, mas pronto). Que TENTO orientar as refeições lá de casa. Que faço a lista de compras. Que anoto receitas rápidas. Ideias que me vêm à cabeça.
Enfim. Cada um com a sua. [Esta é uma das minhas]