Os meus gatos
Tenho dois gatos.
Ambos pretos.
Um é um gato "anão".
Pequenino e magrinho.
É o gato de sonho de qualquer pessoa.
Quer é colinho. E como é leve, não chateia.
Dêem-lhe um router e ele é feliz. É lá que passa a maior parte do dia.
A menos que haja sol. Se houver sol, ele deita-se ao sol.
Mas mesmo assim, acho que prefere dormir no router.
Desde que o temos já vivemos em três casas.
Já mudamos de operador de telecomunicações alguma vezes.
O sítio dele continua a ser o mesmo: o router.
Este gato chama-se Churchill.
O outro é um gato "a séria".
Rechonchudo.
Foi para nossa casa ainda muito bebé.
Resultado: acha que sou a mãe dele.
Cada vez que eu ando, ele anda a minha frente. A miar.
É um gato a séria, como disse.
Detesta mudanças. As mudanças de casa foram sempre muito complicadas.
Estranha tudo o que é diferente.
Estranha pessoas que não conhece. Esconde-se e nunca mais aparece. [Agora já menos]
Adora estender-se ao sol.
Adora apanhar moscas.
Este gato chama-se Fidel.
Ontem, depois de deitar a miúda, deitei-me eu também.
A ideia era ler um pouco.
Fechei a porta do quarto. [Gosto muito dos meus gatos, mas cada um no seu sítio e lá em casa não se partilham camas com animais]
Mas comecei a ouvir bzzzzzzz.
Olhei para o candeeiro e lá andava uma mosca enorme.
Reclamei.
Marido fez-se de surdo.
Reclamei de novo.
Nada.
Levantei-me.
Saí do quarto e apaguei a luz do quarto.
Fui para a sala.
E a mosca também.
E o Fidel entrou em acção.
Não descansou enquanto não a apanhou.
Depois de a apanhar, comeu-a.
E de seguida, foi beber água.
E eu?
Eu fui dormir, porque o "caminho já estava limpo".
[Satisfeitíssima com o trabalho da minha "fera"]