Ando aqui um tanto ou pouco perdida, no meio desta gente toda que só fala em promoções e compras para o natal. Planos para o Natal. Mil e uma decisões para o ano que vem. Confusa. Sem vontade de planear nada. Acho sempre um exagero aquilo que se gasta nesta altura. Aquilo que se faz nesta altura. Aquilo que se “obrigam” a sentir nesta altura. Aquela obrigação de dar só porque é Natal. Aquela obrigação de estar, só porque é Natal. Incomoda-me. Não consigo que o espírito natalício entre em mim. Acredito que ele ainda chegue. Dezembro só começa agora. Mas as pessoas “gastam” o Natal. Começam a falar dele, com muita antecedência. E aquilo que eu sinto, é que ainda nem começou e eu já estou fartinha. É nestas alturas que eu gostava de carregar num botão e por os outros em modo off. Punha toda a gente a fazer um “mannequin challenge” até me apetecer viver o Natal.
Não comprar nada, pois sabemos que vem lá uma “Black Friday”, e quando finalmente chega o dia, começar a pensar na quantidade infernal de gente doida que anda nas lojas e desistir de ir.
Ora aqui vai mais uma dica super interessante e útil:
Não comprar [“porcarias” para comer]
Ora exactamente. É mesmo isso. A maneira de poupar é simplesmente não comprar.
Batatas fritas. Chocolates. Bolos já feitos.
São baratos, mas saem caros. Fazem mal a saúde física e mental. Porquê? Porque criam dependência. E enquanto andam lá por casa, não conseguimos parar de os comer. E depois, ficamos mal dispostos, porque tudo o que vem em excesso, traz consequências, não é? E lá temos que gastar os comprimidinhos que lá temos em casa para as “maleitas” mais sérias.
Além disso, se fizerem vocês os vossos bolos, bolachas e afins, ocupam o tempo com uma actividade super divertida, hã…
Quando se gosta do que se faz, os domingos à noite custam menos.
Eu sei que parece uma frase daquelas de “chacha” que é só para parecer bem. Mas eu posso afirmar isto, com toda a tranquilidade.
Já senti muitas vezes, o peso deprimente de domingo à noite, e aquela não vontade de sair da cama na segunda-feira. Mas o que é certo, é de deste que estou a trabalhar aqui, nunca mais senti isso. É porque me sinto realmente bem, onde estou. Gosto muito daquilo que faço, da autonomia que tenho, da forma como posso gerir o meu tempo e os meus projectos. E sim, claro que também conta e muito, a forma como me relaciono com a minha chefia directa.
Um bom clima de trabalho. A pessoa ter a oportunidade de potenciar as suas competências, nas mais diversas matérias. Uma liderança eficaz, que respeita, liberta, orienta. Para mim, são estes os pontos chave, para se estar motivado no trabalho. E eu estou. Muito.
Não sou fundamentalista em relação a nada, e cada vez menos vezes digo que nunca faria. A vida tem sido muito engraçada comigo, e já fiz coisas que nunca imaginei fazer, e gosto actualmente de coisas, que afirmava a pés juntos, que nunca iria gostar.
No entanto, há algo ao qual não digo “nunca irei utilizar”, mas que digo “desejo verdadeiramente nunca vir a precisar, pois caso contrário, vou ficar realmente aflita”. O quê? Carrinhas de transporte escolar. Enquanto mera espectadora, já assisti a cenas, que se eu soubesse que a minha filha lá estaria dentro, nem sei o que fazia.
Ora vejam:
Ultrapassagens numa estrada nacional, com imenso trânsito nos dois sentidos - sim JURO, vi isto hoje, e com crianças lá dentro;
Uma carrinha parada em frente a um centro comercial, com crianças lá dentro e sem motorista - tinha saído para ir comprar o jornal, lá dentro - esta não vi, mas contaram-me e a fonte é segura;
Uma carrinha estacionada em segunda fila, no lado oposto ao do ATL, com umas passadeiras relativamente acima, e o que vejo - o motorista atravessa a estrada em direcção a carrinha, sem ir a passadeira, e as crianças seguem-no.
Aquilo que de alguma forma me acalenta é que isto de certeza não acontece nos colégios ou ATL’s bons, certificados e que seguem toda a legislação existente (?!?!?!?!?) Assim o espero.
A pessoa não vai ver a chegada do Pai Natal a uma certa superfície comercial propositadamente para deixar essa actividade para um fim de semana mais para a frente. Aliás, a pessoa sabe que aquilo está super animado, com aldeia de plasticina e tudo e que sua miúda vai adorar e vai querer lá passar horas. Mais uma razão para deixar para mais tarde, e nem sequer informa a respectiva que tal coisa vai acontecer.
Na 2ª feira, a miúda chega ao colégio e toda a informação é-lhe transmitida. “Mãe, o Pai Natal já chegou ao X, e há lá uma aldeia de plasticina e tudo”. “A sério, filha? Ah, não me digas.”
Há dias em que pesquisamos, estudamos, tiramos notas, vamos escrevendo coisas soltas, mas não conseguimos produzir algo realmente satisfatório. Nesses dias, tudo te aborrece. O tempo não passa.
Há dias, em que as ideias fluem com uma facilidade extraordinária, e tu consegues concluir uma proposta para apresentar superiormente, e da qual ficas orgulhosa pelo trabalho feito. Nesses dias, o tempo passa mais depressa, o frio e/ou o calor não se sentem, e ficas de tal maneira motivada, que te surgem mil e uma ideias de coisas para fazer. Hoje é um desses dias.