Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

11
Nov16

Leonard Cohen

Mais um génio que parte, mas que fica para sempre.

Há quem escreva, quem componha.

E depois há aqueles que “simplesmente escrevem palavras”. Que exprimem os seus pensamentos e emoções da forma mais bela, simples e tocante que possa existir. 

Leonard Cohen é um desses génios.

“Há uma fenda em tudo. É assim que a luz entra."
Leonard Cohen "Seleted Poems, 1956-1968" (1968)

Esta frase, apenas uma entre milhares delas, invade-me e preenche-me de forma avassaladora.

 

 

[Não consigo escrever mais nada. Só “lê-lo” e “ouvi-lo”]

 

09
Nov16

Sonho Americano?!?!?!

IMG_20161109_082628.jpg

 

Faço esta estrada todos os dias. E o cenário é sempre algo semelhante. Mas hoje, sentia-se um ambiente diferente. Parecia que o trânsito estava lento, porque as pessoas não conseguiam mesmo andar para a frente. Uma sensação de resistência ao dia, resistência ao futuro.

E o céu negro, o dia triste. As caras taciturnas.

Enfim, o dia hoje acordou negro.

E o mundo… Enfim… O mundo não sabemos como será.

O que mais me assusta no meio disto tudo, é esta sensação generalizada que podemos fazer o que queremos, dizer o que nos apetece, sem importar nada com o outro. É isto que estamos a transmitir aos nossos jovens. É isto que eles já fazem “Sou livre de dizer e pensar aquilo que quero”. A máxima que parece ser praticada. Pois, mas não. Porque não é só isso. Porque também há o outro. O outro que merece respeito. E esta incapacidade de respeito pelo o outro, é o que me choca mais nesta sociedade que agora estamos a criar.

E se um indivíduo que diz o que quer e bem lhe apetece, sem respeito nenhum por quem ouve, e/ou melhor, pelo que os outros pensam, chega a Presidente dos Estado Unidos, então que moral é que temos agora para vir reclamar com os outros que também o fazem.

Bom, mas é este o sonho americano, não é? Cada um pode ser o que quer.

Pois, mas não a todo o custo. Não vale tudo, senhores. Não vale tudo.

 

07
Nov16

Gostava, mas não posso

Teria muitas coisas para escrever sobre o local onde trabalho. Mas acho que não devo expor assim uma instituição e/ou as pessoas que a compõem.

No entanto, admito que muitas vezes fico com formigueiro nos dedos, e cheia de vontade de escrever.

Pois. Mas não posso. Não devo.

E como sou uma pessoa muito conscienciosa, não o faço, pronto.

 

06
Nov16

Coisas da miúda #26

Ralho com ela no fim do almoço, sobre qualquer disparate que fez. Ouve em silêncio. Pergunta se pode se levantar da mesa. Digo que sim. Vai para o quarto, fecha a porta. E começo a ouvir a voz dela a cantar “Já passou, já passou…”

 

04
Nov16

Cá coisas minhas também dá dicas de poupança #01

Então vamos lá a isso.

Eis que surge em vós, uma vontade enorme de fazer compras. Seja para vocês, ou para os vossos filhos. Pois eu tenho uma dica, para satisfazer esse desejo sem gastar um único cêntimo.

Vão aos sites de venda on-line. Vêem as novidades. As promoções. Escolhem aquilo que querem mesmo comprar  - cor, tamanho. Desiludem-se quando não há o número ou a côr que querem. Podem solicitar para ser contactos quando houver. E vão adicionando ao cabaz de compras.

No final clicam em “Finalizar a minha compra” (ou algo semelhante). Escolhem onde querem que se faça a entrega. E depois na última etapa, olham para o valor a pagar e pensam “ah, se calhar fica para outro dia”.

Pronto. É isto.

 

04
Nov16

Copo meio vazio ou meio cheio

Resultado de imagem para copo meio cheio ou meio vazio

Não consigo perceber que “tipo” de pessoa sou: as que veêm o copo meio cheio ou as que vêem o copo meio vazio.

Segundo se diz, é tudo uma questão de perspectiva: copo meio cheio, significa uma perspectiva optimista, e copo meio vazio, uma perspectiva mais pessimista.

Eu acho que “tenho dias” - as vezes mais optimista, outras vezes mais pessimista.

Mas na verdade, eu acho que sou mais do tipo “centrada”, mais focado no real. Olho para o copo e o que vejo é que está meio. Nem meio vazio, nem meio cheio. Está meio. É o que é.

Ou seja, a minha perspectiva é mais esta: “É assim que está, não é? É assim que as coisas estão. Então, ok, vivemos com isso.” O tempo logo torna o copo mais cheio ou mais vazio.

 

03
Nov16

Coisas da miúda #25

Numa das nossas muitas conversas em que ela pergunta tudo e mais alguma coisa, referi que a gasolina é a comida dos carros. Não me perguntem porquê, porque não sei, mas para além das bombas da gasolina, sempre que paramos numa portagem, a miúda diz que “é a gasolina”.

No outro dia, vínhamos no carro, e falávamos sobre o facto de ela já ter comido muitos doces por aqueles dias. Entretanto, estamos a chegar a portagem e ela diz “eu acho que o carro também anda a comer muitos doces”.

Resultado de imagem para espantado

 

[Foi esta a cara que fiz]

03
Nov16

Coisas que se dizem por aí #01

Ouve-se muitas vezes”... é como andar de bicicleta, uma vez aprendendo, nunca mais se esquece”.

Pois digo-vos já: essa expressão, verdade absoluta que se diz por aí, é MENTIRA.

Porquê?! Porque eu aprendi a andar de bicicleta e já não sei andar de bicicleta. “Não é possível”, vai toda a gente dizer. Mas é possível, sim senhor. Verdadinha.

Aprendi a andar de bicicleta, como toda a gente aprende. Com ajuda, depois sozinha, e caindo e esfolando braços e pernas muitas vezes. Foi numas férias de verão, com uma amiga (na bicicleta dela). Depois disso, lembro-me de ter andado de bicicleta mais algumas quantas vezes. Ora na bicicleta desta minha amiga, ora em bicicleta de uma prima. E talvez em outras, emprestadas. E aí é que eu julgo que está a questão. Nunca foi numa bicicleta minha. Ou seja, não havia regularidade, era assim “uma coisa de vez em quando”.

E portanto, a questão é: é mentira. Tudo se “desaprende”. Tem que haver TREINO. Tem que se ir repetindo. Seja qual for a competência - técnica, social, comportamental, artística, seja o que for. Daí a importância da formação e da experiência. Experimentem lá ensinar uma criança a ler, e depois tirem-lhe os livros, cadernos, revistas, computador, tudo o que signifique ler. Façam isso durante alguns meses, e depois vejam se ela ainda sabe ler. Não sabe, obviamente. Desaprendeu tudo.

Aprender. Fazer. Repetir. Treinar. Aprender. Fazer. Repetir. Treinar. Aprender. Fazer. Repetir. Treinar.

Assim sim, nunca mais se esquece.

[E agora, como se mete um adulto a “reaprender” a andar de bicicleta? Para essa pergunta, é que eu não tenho resposta, porque os adultos ficam mais “conscienciosos” das quedas, e recuperação é mais lenta, e eu sou uma medricas do caraças]

 

02
Nov16

Coisas que eu gosto #04 [Ou um exercício de libertação de ideias]

Desde que “me lembro de mim”, sempre escrevi. Coisas para mim, acima de tudo.

 

Lembro-me de ter um diário - daqueles com chaves e tudo. Recebi o mesmo, ainda andava na primária. E lá escrevia as minhas coisinhas - amores e desamores. Já não me lembro muito bem, dos primeiros textos, mas sei que foram continuando até ao início da adolescência. Sempre tive muita dificuldade em falar, em exprimir aquilo que sentia. Mas nunca senti isso como um problema, porque eu escrevia, eu falava para mim mesma. Desde muito cedo que me habituei a dar conselhos, soluções, a mim própria. Depois, o meu avô faleceu e eu iniciei outro diário, onde imaginava que escrevia para ele. Onde lhe ia dando conta das coisas que me aconteciam. Não sei quando parei de escrever nele.

 

A par disso, ia escrevendo outras coisas. “Poemas” que inventava. Histórias que criava. Concorria a pequenos concursos que surgiam na escola. Nunca ganhei nada assim em grande, mas lembro-me de ter sido escolhida uma vez para representar a escola num concurso dos correios (no Natal). No Natal, todos os anos, recebia “A minha agenda”, onde ia escrevendo a “síntese” dos meus dias, e outros “eventos” importantes. Até letras de músicas eu gostava de “transcrever”. Ouvia as cassetes, e ia pondo na pausa para conseguir escrever a letra.

 

Sempre gostei de cadernos novos. Sempre gostei de canetas.

 

 

A certa altura da minha vida, iniciei-me na troca de correspondência - com colegas que tinham mudado de escola, por exemplo, e tive até uma “amiga por correspondência”, que “conheci” naquelas revistas teenagers que havia na altura.

 

 

Fico entusiasmada quando inicio um projecto novo, e tenho que elaborar uma proposta. Quando inicio a escrita, fico sempre atrapalhada. Faltam-me as ideias. Depois, começo a estruturar, e as palavras vão fluindo. Posso estar uma semana, sem conseguir produzir nada, mas depois numa assentada, numa manhã, escrevo sete páginas, por exemplo.

 

Gosto de ler o que escrevo. Relia muitas vezes, esses meus diários. E todos os outros textos que escrevia.

 

Ora, o mundo dos blogs já existe há tanto tempo, que pergunto-me como demorei tanto tempo aqui a chegar. Ao fim e ao cabo, eu sei a resposta. Porque na maior parte das vezes, eu gosto de escrever é para mim. Aliás, porque a maior parte das coisas que escrevo são mesmo só para mim. Por isso, muitos são os textos que ficam guardados apenas no pc. Mas depois, acontecem aqueles que começo a escrever só para mim, e acabo por publicar. Como este por exemplo, que começou por ser apenas um “exercício” de libertação da mente. Não que este (como todos aliás), tenha algum interesse  específico para alguém, mas porque simplesmente me apetece.

 

02
Nov16

A aldeia onde eu vivo #03

IMG_20161101_114942.jpg

Este foi o resultado do primeiro “pão por Deus” da miúda.

Vou engraçado, recordar essa tradição tão antiga, que havia na minha zona. Fiquei contente de saber que por ali ainda se faz.

As pessoas preparam-se mesmo para a chegada das crianças, organizando pequenos saquinhos com doces, broas, bolachas, bolos, rebuçados, e tantas coisas mais.

As crianças andam de casa em casa e são sempre recebidas com um sorriso e uma alegria que contagia.

Foi um belo feriado, sem dúvida.

 

 

Pág. 2/2