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Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

28
Out19

Não é verdade

Não é verdade quando se diz que não se tem saudade daquilo que nunca se teve.

Porque há o espaço.

Há a certeza daquilo que podia ter sido. E há a certeza daquilo que agora nunca se vai ter.

E dói. Dói tanto, como se tivesse acontecido e deixado de acontecer. Ou ainda mais.

 

Uma dor que chega a ferir o orgulho. Por pensar que nunca fosse surgir.

Uma incompreensão para toda a vida. E uma mágoa/dor que se teima em não enfrentar, e que nunca será superada.

 

 

19
Out19

Gato escondido sem rabo de fora

Sábado.

A Maria acorda cedo ao fim de semana. Diz que é para aproveitar bem o fim de semana.

 

A Marta não dorme de dia. Mas dorme praticamente das 20h as 8h.

 

Este sábado, Maria acordou as 7h30. Chamou pelo pai, mas o pai tinha ido trabalhar. Fui ter com ela e disse-lhe que se podia levantar, mas não fazer barulho. Antes de sair do quarto dela, vejo uma das gavetas da roupa aberta e penso "deixa-me lá fechar a gaveta antes que o Churchill entre lá dentro". Fechei.

 

A Marta tinha acordado as 5h para mamar. Adormeceu de seguida. Eu fui então dormir mais um bocado.

As 8h45 a Marta acordou. Viemos as duas para a sala. Dou de mamar a Marta.

Entretanto, apercebo-me que o Churchill não estava em lado nenhum. O marido chega e eu digo "olha lá o Churchill não terá fugido hoje de manhã quando saíste?". De repente lembrei-me "Será?.." Fui á gaveta que tinha fechado. Lá estava ele, muito enroscadinho. Já tinha entrado, quando eu a fui fechar.

E nem reclamou de lá estar fechado. Reclamou foi quando o mandei sair. 

10
Out19

Coisas

Hoje, depois de acordar a Maria, saí do quarto, como sempre.

Voltei alguns minutos depois para verificar se já se estava a despachar.

Deparo-me com a seguinte cena: posição de meditação e olhos fechados, em cima da cama, ainda de pijama. Não sabia se havia de rir, se ficar entusiasmada com o comportamento, se dar um grito a dizer "Maria, despacha-te". Saí do quarto e voltei minutos depois. Já se estava a vestir. Durante o pequeno almoço, perguntei-lhe "então, estavas a meditar?", "sim", respondeu ela. E eu perguntei "e em que pensas, quando meditas?" "na concentração" e continuou... "e olho para o salame". "Para o salame???", pergunto eu. "Sim, não sabes?" "Mas viste isso onde?" "Nos bonecos". (Nem sei que diga)

 

Hoje mal conseguia sair de casa.

O portão não abria.

Miúdas no carro e eu sem conseguir sair com o carro.

A Maria dizia "desiste mãe, desiste". Pois claro, queria faltar a escola.

Valeu-me o vizinho, que usou de mais força e lá deu a volta ao trinco.

A Maria, claro, chegou atrasada a escola. Mas foi do carro, até ao portão, com uma calma natural, como se nada se passasse. Deve ter sido da meditação matinal. A minha calma, já tinha desaparecido há muito.

 

Sinto-me mais magra.

Sinto na roupa. 

Hoje confirmei.

Pesei-me quando cheguei ao ginásio.

54,5 kg. Só mais meio quilo do que quando engravidei.

Mas a barriga de grávida ainda aqui está e isso tira-me do sério.

Fui para a passadeira e corri 5 km.

 

Ao final da manhã, quando cheguei do ginásio, vem uma vizinha ter comigo.

"Olhe, feche aí a torneira do quintal, porque eu tive que lhe fechar o contador da água aqui fora, porque a torneira estava aberta e já havia água a correr que eu sei lá." Foram os cães que a abriram. Mais uma vez, foi uma vizinha que me safou.

 

Isto tudo, só pela manhã. 

É tão bom viver no campo.

08
Out19

Voltei a correr

A corrida faz-me tão bem.

Ao corpo.

A mente.

Comecei a ir ao ginásio a partir de metade de setembro.

Com um treino definido por uma professora. Ajustada a esta minha realidade de pós-parto.

Calmo.

Mas a fazer efeito, porque eu estava a sentir no corpo.

No corpo.

Não na mente.

Resolvi começar a caminhar na passadeira.

Comecei a caminhar.

Mas o bichinho da corrida começou a falar.

E fui correndo. E andando.

Logo no primeiro dia que corri, senti o efeito na mente.

Hoje já consegui correr 4 km.

E que bem que aquilo me soube.

A libertação.

A corrida é o meu mindfullness. Só com a corrida consigo desligar os pensamentos.

Tentei o Ioga. Nada. Tentei Pilatos. Nada.

Com a corrida só penso na corrida: "mais 2 minutos e acelero", "mais 5 minutos e abrando", "até aos 2 km", "20 minutos e ando", "aos 30 minutos paro", "hoje têm que ser 4 km". São só estes pensamentos que me vêem a mente. Sim, e claro, também "porra, estou cansada".

08
Out19

Pela manhã...

Ontem falei-vos aqui, em novas rotinas que tenho vindo a implementar.

Uma delas é logo no inicio da manhã.

Ainda não estou a trabalhar. Mas a Maria já iniciou a escola, pelo que temos que sair de casa no máximo as 08h40.

Então, para que tudo corra da melhor forma, tenho que acordar as 7h00 e orientar tudo antes delas acordarem. Dou de comer aos gatos. Visto-me. Preparo a lancheira da Maria. Preparo o meu pequeno almoço. Preparo o pequeno almoço da Maria.

As 7h45, se a Maria não acordar antes, vou acordá-la. Com tempo. Porque ela vive as manhãs, digamos que "com muita calma". A partir do momento em que ela já está acordada, começa tudo a ficar mais "acelerado", com a minha voz a dizer MUITAS vezes "Maria despacha-te".

Tomo o meu pequeno almoço. Dou de comer aos cães.

Tiro um café. E vou lá para fora para o quintal beber o meu café. E aqui, é o momento da minha pausa. 1 minuto, as vezes 2. Não mais que isso. Inspiro. E volto lá para dentro. Retomo a "correria". E digo mais uma série de  vezes "Maria despacha-te".

Por volta das 08h20 vamos as duas acordar a Marta. (As vezes ela acorda antes). Abrimos a janela. Falamos para ela. E lá nos brinda ela com um sorriso daqueles.

Visto a Marta.

Tudo no carro.

Olho para o relógio e vejo: 08h40. Está tudo certo.

E lá vamos nós.

07
Out19

3 meses

Tenho andado em falta por aqui.

Tanta coisa para fazer, que a vontade de escrever tão depressa aparece como se vai embora.

Estamos bem.

A Marta já com 3 meses.

Uma espevitada que quer estar sempre a comer.

Passa o dia quase todo acordada e como tal, quer estar sempre a mamar.

Está enorme e pesada.

Ri-se com a "cara toda".

Um doce.

Apesar de passar o dia quase todo acordada, pelo menos, dorme a noite toda. De vez em quando está mais agitada, mas regra geral as noites são tranquilas.

Começo a trabalhar quando ela tiver 5 meses, pelo que a partir dos 4 meses já vamos começar a diversificação alimentar.

Eu, também estou bem.

Inscrevi-me num ginásio e vou lá pelo menos 3 manhãs por semana. Eles têm um espaço onde ficam os bebés.

É óptimo. Porque, sinceramente, acho que se não fosse este "escape" já estaria farta de estar em casa. É óbvio que adoro estar com a minha filha, e estes meses estão a ser fantásticos. Mas eu sou mais do que mãe. E ter este bocadinho para me lembrar de mim, é muito bom.

E assim, também já vou fazendo algum exercício físico. Porque correr, na rua, duvido que volte a ter tempo.

Decidi também voltar a entrar nos eixos no que diz respeito à alimentação, pelo que já só tenho 1,5 kg a mais do que tinha quando engravidei.

Tenho aproveitado também para instaurar novos hábitos, novas rotinas. Vamos ver se depois, quando voltar ao trabalho, as consigo manter.

A Maria iniciou o 2º ano. Um início confuso, nervoso. Mudou de professora, e sentiu-se com isso. Mas parece que agora já está a adaptar-se.

E estamos no Outono.

Minha estação do ano preferida. Desejosa que cheguem aqueles dias mais de Outono.

Outono cheira-me sempre a recomeço.

E eu estou de braços abertos para ele.