Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

16
Ago24

"Regressos"

20240815_192710.jpg

E chegam ao fim 15 dias de férias. 

15 dias em que sinto que voltei a mim.

Li (4 livros 😊)

Escrevi (algumas vezes).

Caminhei (outras tantas).

Plantei.

Semeei.

Com as vozes das minhas miúdas sempre por fundo.

Observei a minha serra.

Inspirei este cheiro e senti este vento.

Fui à minha praia preferida e deixei-me "banhar" por aquela luz tão própria. 

Refleti muito sobre mim e sobre o que me rodeia.

Sobre onde estou e sobre o que quero.

Com pensamentos e palavras fui recuperando o que tinha deixado para trás. 

Mais consciente do caminho.

Fortalecida.

Seguindo.

 

(Regresso. Mas regresso devagarinho que amanhã é já fim de semana) 😉😊

 

 

13
Ago24

Como caminhas?

Passos pequenos ou passos grandes?

Sempre fui mais de dar passos pequenos.

Contudo às vezes penso que por dar passos mais pequenos, ando muito mais do que quem dá passos grandes.

Com passos pequenos parece que o percurso se torna mais longo. Mais tenebroso, onde as subidas e qualquer outro obstáculo, ainda nos fazem abrandar mais.

Parece que os passos longos são um salto direto para o futuro, aguardando pelas consequências lá a frente, enquanto que os passos curtos nos fazem viver os obstáculos dia após dia.

 

Mas também são os passos curtos que nos fazem apreciar a caminhada.

Os passos longos só olham em frente.

Os passos curtos olham para cada pedacinho do percurso.

 

E é muita vez durante esse percurso que vemos que os gigantes que víamos lá ao fundo, são apenas os moinhos de vento de Dom Quixote.

20240813_103033.jpg

Eu sou sem dúvida de passinhos curtos.

As vezes mais rápido, procurando sair da minha zona de conforto. Outras vezes mais devagar, porque os obstáculos nao permitem.

Mas na maior parte das vezes, ao meu ritmo. Aquele no qual eu me sinto confortável.

09
Ago24

Um lugar na Serra...

20240809_103656.jpg

 

Casais do Chorão 

Quem passa aqui por cima, julga que este é um lugar silencioso.

Não estão muito enganados.

Tantas vezes aqui só se houve o guizo das cabras e os passarinhos.

 

Quem olha da estrada, julga que este é um lugar deserto.

Não vos censuro.

Tantas vezes daqui parto de manhã, e chego ao fim da tarde sem ver ninguém. 

 

Mas quem passa e olha da estrada não sabe tantas coisas. Não sabe que somos só 10 casas e 30 moradores, e que nos conhecemos todos pelo nome. Que coabitam neste lugar 3 gerações de pessoas. Todas elas já moldadas pela serra. As vezes mais abertas, faladoras, festivas. Outras tantas mais recolhidas, fechadas, silenciosas.

 

Há dias que acordamos cheios de sol.

Outros com tudo enublado. Tantas vezes, cobertos de nevoeiro, e quase a toda a hora, com vento. 

Mas sempre, sempre, com a serra a nossa volta.

 

Quem passa ali da estrada não sabe que temos um presépio comunitário. Que enfeitamos o Chorão todo no Natal. Que cantamos os reis de porta em porta. Que fazemos muitas festas todos juntos. Que saltamos à fogueira. Que os miúdos correm de um lado para o outro. 

 

Mas deixem-me falar-vos desta gente. Da generosidade que aqui mora. Das partilhas a toda a hora - de afectos, conversas, hortícolas e outras tantas. 

 

E deixem-me falar-vos deste local. Temos animais. Temos hortas. Temos árvores. Temos vista. Temos sol. Temos humidade. Temos nevoeiro. Temos muito calor. E temos também muito frio.

 

Temos pastores. Temos quem saiba fazer queijo. Temos quem saiba costurar. Temos avós e avôs dos seus e de outros. Temos quem ame plantas. Temos disponibilidade sempre para colaborar. Temos inventores sempre dispostos a fazer a maior árvore, o maior presépio, o maior tudo de Alenquer e do mundo. Temos quem cá esteja há menos tempo, mas sente-se como vivendo aqui desde sempre. Temos um bebé recém nascido, 3 crianças pequeninas e 3 adolescentes. Tantas crianças e todas elas tão diferentes umas das outras. Temos cães, muitos, que nos guardam dia e noite.

 

Acima tudo temos todos um grande amor por este sítio. 

Aqui na encosta da serra (ou na aba, como preferirem).

Envolvidos nesta névoa que muitas vezes nos convida a recolher, vivemos e partilhamos histórias, que desde sempre, vão passando de geração em geração. 

 

Já vos disse. 

Viver na serra não é para todos.

Para qualquer lado que se olha, vê-se muito.

Quando inspiramos, não é só ar puro.

É força. É coragem. É maravilha. 

É um privilégio. 

06
Ago24

As árvores da nossa vida!

20240806_103058.jpg

Há pessoas que vão surgindo na nossa vida e entrando devagarinho. Aparentemente não têm nada a ver connosco, mas vão criando espaço. Estendem-se e acabam por ficar para sempre. São como as árvores que plantamos e vamos vendo crescer. 

 

Também há aqueles que por mais voltas que a vida dá, gostam tanto de nós, que mesmo na ausência estão presentes. São raízes. Já não saem da nossa vida.

 

E depois há aqueles que surgem de rompão. Deixamos eles instalarem-se tão rápido, porque a empatia é imediata. São as plantas mais frágeis. Aquelas que vão embora na primeira ventania. 

 

Hoje fui caminhar. E enquanto caminhava pensava nisto mesmo. 

Esta serra é mágica e está cheia de toda a espécie de árvores e plantas. 

Como as nossas relações. 

 

Olhando para esta foto, acho que conseguimos ver as três camadas que falo. As árvores, as raízes, são o mais verde. Contudo, são as secas que estão mais perto de nós. Estas já foram verdes e bonitas, mas são as que secam mais depressa.

 

Muitas vezes temos tendência para dar mais valor as plantas que surgem do nada, mas se tornam tão bonitas, que nos deixamos envolver. São relações tão frágeis no fundo, que basta vir o vento, limpar a folhagem e a realidade surge.

 

Felizmente existem as raízes, que por mais que as tempestades surgam, não saem dali. E depois há aquelas árvores que plantamos, regamos, e elas vão dando os frutos ao longo do tempo.

 

Já me desiludi com plantas.

Mas graças a Deus, tenho boas raízes e vejo muitas árvores a dar frutos. 

(São frutos que nem sempre os colho, é verdade, mas vocês já sabem como sou. 🥰)

04
Ago24

A leitura como alheamento de pensamentos

Talvez ler seja apenas uma fuga da realidade.

Uma ida a outro lugar.

O que sei é que apenas a leitura me faz esquecer de mim.

Quando leio, não é sobre mim.

Não sobre os mil pensamentos que povoam a minha cabeça. 

Quando leio sou só aquela que adora ler.

Sou assim desde que me lembro.

Julgo que mesmo com os livros da escola eu fazia isso. Estudar. Concentrar. Focar. Tirar boas notas. Era a boa aluna.

Contudo, já na altura, era isso. Encher a cabeça com palavras. Afastar pensamentos. 

 

Agora percebo.

São os livros que me levam para outros sítios. Outros sítios, que não são meus. Para outras pessoas. Outras pessoas que não são minhas.

E são os livros que me dão palavras. As palavras. Que me fazem refletir. Que ficam a povoar os meus pensamentos afastando as outros.

É esta paz e tranquilidade que as palavras me trazem, que me levam sempre de volta aos livros.

 

01
Ago24

Livros

Não tenho publicado por aqui o que tenho lido.

Sei que algumas pessoas gostam de saber, para tirar ideias para futuras leituras. 😊

Abaixo a lista dos livros já lidos este ano.

Se quiserem algum feedback de um deles, é só dizerem.

9 de Novembro, Colleen Hoover

A filha da minha melhor amiga, Dorothy Koomson

Seios e Óvulos, Mieko Kawakami

Baunilha e Chocolate, Sveva Casati Modignani

A Breve Vida das Flores, de Valérie Perrin

Uma Nova Esperança, Colleen Hoover

A Promessa, Lesley Pearse

O Escritorio, Freida McFadden

Talvez um Dia, Colleen Hoover

Daisy Jones & The Six, Taylor Jenkins Reid

Um Golpe do Céu, Jeanine Cummins

Gente Ansiosa, Fredrik Backman

Os Esquecidos de Domingo, Valérie Perrin

O Recluso, Freida McFadden

Falar pela noite dentro, Claire Daverly

Um Novo Amanhã, Dorothy Koomson

Bons Sonhos, Meu Amor, Dorothy Koomson

O Cuco, Camilla Lackberg

Amor(es) verdadeiro, Taylor Jenkins Reid

Os Muitos Nomes do Amor, Dorothy Koomson

Carrie Soto está de volta, Taylor Jenkins Reid

O meu outro marido, Dorothy Koomson

01
Ago24

Agosto chegou!

Agosto chegou e com ele chegaram as ansiadas férias!

Não tenho grandes planos para estes dias.

Num palavra, resume-se a desfrutar. 

Da minha casa, da minha família. 

Cuidar. Estar. Rir. Mimar. 

As atividades vão surgindo ao sabor do dia

Cada vez dou mais valor a estes momentos. 

Hoje quando acordei e vi o tempo enublado e muito vento, só pensei "ok, hoje a serra quer que eu me dedique mais à reflexão". Pois assim será. 

Amanhã logo se vê.