E é este o maior legado que procuro deixar nas minhas filhas.
Ver pessoas. Outras pessoas. Escutar histórias. Outras histórias. Estar, estando.
Para compreender o outro é preciso despirmo-nos de nós e olharmos para o outro sem os nossos olhos. E essa abertura, essa clareza de visão só se consegue de uma forma: ver além.
Dar mundo! É esse que deve ser sempre o maior objetivo da educação.
A criatividade é um exercício da mente poderosíssimo. E quando vivida em grupo, vai muito além de ideias a serem aplicadas.
Estimula a mente. Liberta os mais fechados. Diverte todos os que a ela se entregam.
A criatividade em grupo é uma coisa extraordinária. A criação natural de um espaço onde há lugar para as ideias de todos. Onde cada um usa o seu talento especial em prol do grupo. Porque todos são diferentes. Mas todos trabalham. Todos dão ideias. E todas as ideias são ouvidas e aplicadas.
Nestas últimas semanas tenho vivido isto de perto. E tenho assistido a agradáveis surpresas. A criatividade une as pessoas. Não faz bem só a mente. Não é apenas um devaneio. Faz com que cada um se sinta melhor.
O todo é sempre maior que a parte! Mas quando no todo, está um bocadinho de cada um, aí o todo, ultrapassa a escala.
Acima de tudo uma certeza: não é só o resultado final que importa. É tudo aquilo que se experiencia durante o processo!
Contudo, o maior reconhecimento é o de nós próprios. O prazer da tarefa concluída, do trabalho realizado.
É verdade que a chama da motivação é o reconhecimento. Mas diz-me a experiência que a motivação não pode depender de origens externas. Ajuda, sim. Mas tem que vir sobretudo de nós.
Dar, pelo prazer de dar. Realizar pelo prazer da realização. Contribuir, pelo prazer da contribuição. Olhar pelo outro, quando olhar pelo outro é cuidar de nós próprios.
Deixar a vela da vossa motivação acesa! É este o alento que necessitamos para nos dedicarmos às coisas que gostamos e para realizarmos aquelas que têm que ser feitas.