Desabafos meus
No dia 25/07/2023 fiz 43 anos.
Escrevi um post no meu facebook e instagram sobre as vivências do ano 42. Foi um ano bom. Um ano de mudança. Um ano em que me senti finalmente no meu lugar, na minha pele.
Contudo, não sei lá que voltas isto deu, comecei os 43 a sentir-me muito mal. Não posso dizer que não sei porquê. Sei bem porquê. Muitas coisas aconteceram que pareciam querer dizer “Julgas o quê? Toma lá do mesmo, que é para não seres esperta”.
Comecei por me sentir revoltada. Depois triste. Depois “m***… porquê isto outra vez””. Depois “mas porque é que eu nunca posso estar bem?”. Comecei a enfiar-me novamente na minha concha, escura. Com os meus pensamentos. Aquelas coisas que eu só guardo para mim.
De repente, uma mensagem de uma amiga, que sem fazer ideia do que eu estava a passar, tem uma atitude comigo que é como me tivesse dito: “olha lá, estás parva?”.
E comecei a sair da concha. Na verdade, não está tudo pior. Na verdade, está tudo na mesma. O problema é só este: a forma como encaramos as coisas. A vida é de lutas, e a minha tem sido isso mesmo: uma luta. Por mim, e pelos meus.
Este fim de semana, uma atitude tão simples minha, tornou a minha sala naquilo que é a minha vida. Fui as caixas (ainda não desempacotei tudo, óbvio). E trouxe fotos. E molduras. Trouxe vida.
Não estou sozinha. Nunca estive. Mas muitas vezes opto por estar. Contudo, o que é bom em certas vezes, não é de todo o tempo todo. E sozinha, sempre, não posso estar.
Sou mais feliz com tudo e com todos!