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Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

Cá coisas minhas

Este é o meu blog. Um blog generalista, onde falo sobre as minhas coisas. As coisas que me vêm à cabeça.

23
Jul20

Os 40 quase a chegar...

Quase quase a fazer 40 anos...

Sinto que esta década que passou foi a mais forte de todas.

Os últimos 10 anos foram de..... TUDO. 

Crescimento. Tristeza. Desilusão. Felicidade. Transformação. Amor. Mudança. Dor. Alegria.

 

Segue-se uma pequena síntese dos últimos 10 anos.

 

Aos 30 anos.

Casei na véspera do dia em que fiz 30 anos. Com a minha alma gémea. O amor da minha vida.

Mudei de emprego, para uma situação que me trouxesse mais estabilidade.

Não gostei. Detestei.

Voltei à atividade anterior. 

Aos 31.

Engravidei.

Aos 32.

Nasceu a Maria.

E descobri o AMOR maior do mundo. Descobri outra pessoa em mim. O Eu Mãe. E percebi o que é o amor incondicional. Basta olhar para os olhos dela para ver que há ali sempre amor. E faço, desde então, tudo, para não desiludir aquele olhar. 

Os anos que se seguiram não foram fáceis. Foram tempos difíceis. E vividos de forma muito fechada por nós. Marcas que ficam para sempre.

Mas a Maria cresceu sempre feliz. Uma miúda incrível. Cheia de perguntas e coisas para dizer. 

Aos 36.

Surge uma nova oportunidade profissional. Aquela que eu desejava desde o dia em que terminei o meu curso superior.

Começámos a recuperar.

Mudámos para o campo. Para uma aldeia pequenina. 

Comecei a correr.

Aos 37.

O meu pai faleceu. Suicidou-se. O fim de uma vida difícil, amargurada, que deixou marcas em todos. Ainda hoje não sei lidar com este assunto.

Corri a minha primeira meia maratona e mais duas provas longas: 20 km e 15 km.

Aos 38.

Corri a minha segunda meia maratona. Uma prova com um desgaste físico brutal, com a qual eu me tinha comprometido e decidido levar até ao fim. Acabei a chorar, com uma sensação de superação incrível. Uma descarga fortíssima de tudo o que tinha vivido nos últimos anos.

Engravidei.

Nasceu a Marta.

E eu percebo que "este" amor não é infinito.

A Maria tornou-se irmã. 

Aos 39.

Mãe de duas.

Sem dúvida, "uma outra mãe". Mais calma. Mais experiente. Mais consciente de mim própria.

Surgiu a pandemia do COVID-19. Fiquei fechada em casa com as miúdas 3 meses e meio. Toda uma nova realidade. Teletrabalho. Telescola. Bebé a crescer e a ficar mais atenta a tudo. Dei por mim muitas vezes a fingir que ia estender a roupa, só para estar no quintal um bocadinho sozinha.

A Marta fez 1 ano.

A Maria está com 7 anos.

Continuo com o amor da minha vida ao meu lado.

Só com ele ao meu lado poderia ter aguentado tudo isto.

Chego aos 40 a amar. A ser amada. Com um marido incrível. Duas filhas que riem com o corpo todo. Com uma mãe forte e lutadora. Um irmão e uma irmã que sabem lidar comigo como mais ninguém, e que estão sempre presentes em mim. Amigos com os quais eu sei que posso contar. 

E acima de tudo, bem comigo própria, mas com um longo caminho de "coisas minhas" ainda a percorrer.

 

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